por Sarah Dutra |
Pelo caminho que nos levou até Feira de Santana, eram muitas as casinhas solitárias que surgiam próximas à rodovia. Singelas, compunham com perfeição o contexto que ocupavam. Enquanto isso, no asfalto, algumas cegonheiras pediam atenção, elas desviavam das árvores. Em alguns pontos, ao longo do acostamento, crianças com bonecas e mulheres com lenços nos cabelos se posicionavam com as mãos estendidas aos carros que corriam.
Um homem-placa anunciava: “Rodízio a R$11,90”. Logo mais a frente surgia uma pequena construção com um banner indicando que aquela era a churrascaria “Fome Zero”.
Mais pessoas esticavam suas mãos pela rodovia.
Surgiu um pequeno povoado, com pequenas casas e uma pequena igreja no centro. Logo desaparece.u
No carro, o ar condicionado estava no marcador 2 e se usava óculos de sol. Os vidros eram escuros e estavam fechados. Luiz Gonzaga cantava que “metade do Brasil passa fome”.
Até ali, 88 fotos da estrada.
Aos poucos o cerrado deu lugar à caatinga. Os morros deram lugar a uma imensidão sem fim sob o céu azul, azul como poucas vezes vi.