dia 02
passamos pela ruína de uma casa. e mais muitas casas em ruínas. em algum momento antes, eu já havia me lembrado da casa onde criamos Hannah, na pracinha, mobiliada com minhas panelas rosas de plástico. pensei num documentário em que levaríamos antigos proprietários ao que sobrou do que já foi lar. haveria de resgatar essas ligações: em cartórios, escrituras e cômodos da mente. quem foram ali? quem saíram dali? hoje, tijolos expostos, vísceras escondidas; mato.
de não-lugares somos feitos.