por Leandro Lopes |
Hoje sonhei com o sertão. Tentei ver a sua alma, perceber seus pensamentos. Só achei por ali os meus próprios anseios e desejos limitados, minhas sedes de nada e fome de tanto. Não enxergava nada além do meu bafo e dos meus odores. Limitado, não conseguia ver os seus olhares para além das linhas vermelhas de um mapa curvilíneo, sem rosto. Tudo era também um pouco de amarelo e azul. Não era praia, tenho quase certeza. Entendê-lo talvez ainda seja a forma mais antiga de diminui-lo. Talvez, ainda assim, eu tenha vontade de conseguir, de encará-lo, de dizer algumas coisas sobre aquelas invenções da minha infância. Hoje, eu acho, as buscas poderão dizer um pouco daquela imensidão. Tudo começa agora…